sábado, 25 de dezembro de 2010

Suposto...

Sim, era suposto eu ter algo para partilhar... Mas não tenho.




Hoje almocei bifes.






sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Amo-te tanto que roça o ridículo.

Amo-te no infinito do céu e no infinito da cor.
Amo-te em cada respiração por segundo e em cada página lida.
Amo-te em cada palavra aprendida e em cada música decorada.
Amo-te em cada semente plantada e em cada luz da época.
Amo-te em cada emigração e em cada imigração.
Amo-te sempre que te penso e sempre que te desejo.
Amo-te em cada passo dado e em cada sonho a preto e branco.
Amo-te em cada corda afinada e em cada acorde inventado.
Amo-te em toda a vela derretida e em cada carta não lida.
Amo-te em cada pixel e em cada beijo soprado.
Amo-te em cada átomo e em cada rajada de vento.
Amo-te em cada tronco e cada milímetro do teu tronco.
Amo-te em cada invenção e em cada cheiro a mar.
Amo-te em todos os lugares e em todas as pausas.
Amo-te a cada reflexão e em cada ano luz.
Amo-te em cada miragem e em cada tese.
Amo-te por segundo e por cada nova mensagem.
Amo-te em cada gaveta e em cada tecla premida.
Amo-te em cada compra e em cada produto acabado.
Amo-te em todas as fases de fabrico e até ao produto ser comprado.
Amo-te em todas as brechas e em cada litro de água consumido.
Amo-te em cada lágrima e em cada sorriso.
Amo-te em cada poema e em cada bebida.
Amo-te em todas as coisas e a toda a altura.
Amo-te como Pessoa e como Mulher.
Amo-te porque te amo; Porque és tu e faz sentido.

Amo-te tanto que roça o ridículo.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

E, pausadamente...

Simples… Bastante simples.

Porque é que temos de sacrificar a nossa maneira de sentir para fazermos satisfeita a sociedade?

Quando são desacreditadas – e, consequentemente, abandonadas – crenças, ideologias, pensamentos, entre outros mil (…) não é apenas exercício cerebral deitado para o lixo… Com eles vão maneiras de sentir e de sentir o que sentimos (sentimentos).

Estou um bocado farta. Estou farta de não corresponder a um padrão – que alguém escolheu – e, por isso, ser julgada e acusada de mil injúrias injustas e injustificadas – se não compreendo a tua teoria não posso, à partida e sem perder 10 minutos com ela, considerá-la errada.

Não são os sentimentos e não é a maneira de sentir super e absolutamente subjectiva? Então, por alma de que cão, é que todos esperam – e exigem – que os meus sentimentos reagam às circunstância da mesma maneira que os seus? Não… A sério?!!! Até o paladar aceitam que seja subjectivo!!! Porque é que tentam padronizar os sentimentos? Nada mais metafísico e filosófico e pessoal e invisível e (in)quantificável… Não compreendo. Assim como não compreendo a raiva e confusão que isto provoca em mim… SO WHAT? Posso não saber dar nomes às “coisas”?; Posso não saber lidar com o que sinto?; Posso (…)?; Simplesmente, posso qualquer coisa? Deixam-me qualquer coisa? Posso dar um passo sem ter meia sociedade a olhar para mim, apostando em como vou para a esquerda ou para a direita… Sem ter quarto de sociedade a apontar-me o dedo avisando: “Olha que se vais para a esquerda nós….” e outro quarto dizendo: “Olha que se vais para a direita a gente…” (…)

Não! A sério… Menos! Parem todos. Fiquem aí onde estão. Olhos, para que vos quero?! Boca, para que te tenho?! Cérebro, passarás de uma ilusão?! É que vocês fazem-me duvidar disto tudo… Será que é real? Sou mesmo física? Existo mesmo? Não serei eu um conjunto de ideias que, por não haver cérebro, estão confusas e perdidas? É que vocês fazem-me duvidar… Vocês nem sentir – ou lidar, À MINHA MANEIRA, com o que sinto – me deixam…

Pausa! Pausa para todos. Deixai-me viver, ámen!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

5 Novembro 2010

Não sejas verme.
Investe na minha pele; na tua pele.
Não sejas verme...
Gosta-nos aos dois; como sois.
Não sejas verme...
Encaixa-te em alguém! Não convém
Que sejas verme...
Descodifica o Mundo; não sejas mudo,
Grita: Não sou verme!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

26 - 10 - 2010


Desejo que a tua pele seja a minha pele
- Com todas as definições implicadas -
E que as tuas convicções sejam como mel
- Pela minha boca descodificadas.
Desejo que os teus cheiros sejam os meus cheiros
- Que me penetrem; que me persigam -
E que os teus desejos cresçam em canteiros
- Como flores que, por mim, instigam.
Desejo que a tua voz seja direcção
- Que guia com sapiência -
E que a minha vontade seja a comunhão
- Da emoção e da inteligência.
Desejo, com toda a força, que sejas eterna
- Na minha cabeça e na minha vida -
E que esta vontade não seja hodierna
- Que não nos tornemos gente abstida.



Odeio este final!

sábado, 30 de outubro de 2010

Pedaços de ti

Pedaços de qualquer coisa em que o qualquer coisa invade o teu espaço e o teu Mundo; e faz do teu espaço o seu espaço e do teu Mundo o seu Mundo...
Pedaços de qualquer coisa que (eu) ora quero; ora não quero. E não sei se são mais (vezes) as que quero, se as que não quero.
Mas o importante - aquilo que realmente me faz suportar toda a invasão - é que, às vezes, eu quero. E eu, raramente, (às vezes) quero. Daí a importância de todos os Pedaços.
E agora olho para a direita e vejo-te entretida com bonecos amarelos e com o Freddy, e a alegar que, APENAS agora, é meio dia. E gosto. Gosto do que vejo; Gosto de ter a oportunidade de olhar e ver-te a ti... A ti, seu Pedaço de qualquer coisa invasiva e invasora. A ti, seu Pedaço de amor e de prazer; de amor e de cumplicidade; de amor e de confiança; de amor e de ternura; de amor e de partilha; de amor e de conforto; de amor e de amor...; de amor. "Nothing really matters"
Deixa-te ficar por aí, à minha direita... Mas não fiques muito tempo... Não fiques eternamente à espera que me decida.
Não me interpretes mal, eu quero que fiques, quero muito! Até porque me sabe bem!!! Mas, por ti, não o faças.

Pedaços... Nem com eles nem sem eles.


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Dão-me tudo... Menos...

Tempo. Dão-me tudo, menos tempo! E tempo é o que eu mais quero... Francamente, Tempo é o que eu mais quero e do que mais preciso.
Falam-me em dignidades, propriedades, liberdades e outras tantas ades que a revolta me faz esquecer.
Mas: E o tempo? O meu rico e precioso Tempo? É isso que (eu) quero; É disso que (eu) preciso! A sério que sim.
O que fazemos nós sem Tempo? O que fazemos nós quando nos apercebemos de que o Tempo já passou e que não (o) fizemos? O que fazemos nós quando olhamos para o relógio e ele não pára - efectivamente que o faz caso não tenha pilhas... Mas não é por isso que o Tempo pára - ou quando nos sentamos e vemos a nossa sombra a desviar-se progressivamente para um ou outro lado - dependendo do ponto cardeal para o qual estamos, ou não, virados - ou quando vemos filmagens do planeta terra e o vemos em rotação e, simultâneamente, em translação...??? Isso é Tempo! É Tempo a passar!!!
Não se assustam? Sou só eu?
Eu morro de medo! Tanto medo de não ter Tempo que acabo por perde-lo a ter medo que me falte. E falta. Ele falta-me.
Tempo não é como o ar que se renova de dia e se degrada de noite... (O) Tempo degrada-se de dia e de noite e só porque o Tempo se degrada é que é há dia e noite. (O) Tempo degrada-se a cada segundo que passa e o que são segundos senão Tempo?
E cada tecla que primo; cada hesitação que tenho; cada erro que dou é Tempo passado, perdido, não mais voltará.
E, assim sendo, como não voltará: Pior que o Tempo passar é o mau Tempo passar... O Tempo com mau-timing passar... o Tempo foge e leva com ele palavras; atitudes; sentimentos; pensamentos que jamais poderemos alterar - pelo menos naquele Passado; naquele momento.
Eu estou francamente assustada.

O Tempo não me dá jeito.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Ok... Aceito!

Art. 132.º Emancipação

O menor é, de pleno direito, emancipado pelo casamento.


Art. 133.º Efeitos da emancipação

A emancipação atribui ao menor plena capacidade de exercício de direitos, habilitando-o a reger a sua pessoa e a dispor livremente dos seus bens como se fosse maior, salvo o disposto no artigo 1649.º


Art. 1649.º - Casamento de menores


1. O menor que casar sem ter obtido a autorização dos pais ou do tutor, ou o respectivo suprimento judicial, continua a ser considerado menor quanto à administração de bens que leve para o casal ou que posteriormente lhe advenham por título gratuito até à maioridade, mas dos rendimentos desses bens ser-lhe-ão arbitrados os alimentos necessários ao seu estado.
2. Os bens subtraídos à administração do menor são administrados pelos pais, tutor ou administrador legal, não podendo em caso algum ser entregues à administração do outro cônjuge durante a menoridade do seu consorte; além disso, não respondem, nem antes nem depois da dissolução do casamento, por dívidas contraídas por um ou ambos os cônjuges no mesmo período.


In CC

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

et-oma

"...ahnama eta...aniratac otnat et-oma ...et-oma .redrep et ed sam,ragertne em ed oan,rama et ed oan.odem ohnet sam sart arap radna zaf em oan,odem ohnet '...tsed ta elbaresim eb ll'i uoy tuohtiw...tub tuohtiw evil nac i dna' missa é euq acisum amu ah ?redrep et ue es e.redrep ossop et oan,oreuq et oan euqrop acnarugesni otnis mebmat sezev sa,missa oma et ue euq satnis oan euq odem ohnet sezev sa e ...satnis ut euq edsed,sabecrep ut euq edsed.ossi moc meb oviv ue merebecrep oan es e otnis ue euq o ebas meugnin,ossi rezid edop em meugnin mim a sam .'oliuqa e otsi setnes e ha' rezid medop saossep sartuo sa,mis e.olucidir res a agehc euq otnat et-oma...et-oma .aniratac meb emrod...radroca et oan orepse serevitse es,rimrod a satse es ies oan"

E com isto me tiras todas as dúvidas e inseguranças que poderiam, eventualmente, aparecer.
Não é uma, nem são duas... São tantas; És tu.

domingo, 29 de agosto de 2010

25 = 2; 26 = 1º

O Mundo cresce e evolui e o nosso Mundo acompanha-o, ou não... Simples.
Eu escolho acompanhar, mesmo que inconscientemente, mas (tu) podes escolher ficar parada... Mesmo aí, sem te mexeres. Não te peço nada; Não te cobro nada!!! Espero, sim e apenas, que cumpras os teus deveres e obrigações. E espero que o faças sem esperares que eu to peça; Que eu to lembre. É que (eu) não o vou fazer! Não é, de todo, minha obrigação. Aliás, posso firmar, que o meu papel - no meio disto e qualquer coisa - é aproveitar as tuas acções. Bem ou mal, aproveita-las... Melhor ou pior, aproveita-las.
E é só isso que eu vou fazer!
(...)
Mas não consigo... Há sempre aquele bicho que me faz levantar(-te) o dedo e indicar(-te) o que, a meu ver, está correcto ou incorrecto - (mas) e não era isto que tu querias?
E tu refilas e barafustas e fazes-me perder o Norte.
Percebo que, afinal, não queres ajudas!!! Queres, sim: Pancadinhas nas costas; Festinhas na cabeça; Palavras reconfortantes e de incentivo.
Minha querida; Minha cara... Nunca, jamais em tempo algum, te presentearei com qualquer uma das anteriores acções, se não concordar com o que andas a fazer.

Estamos claras?

E vou viver - e vivendo - quer estejas presente e participativa, quer não. E esta é, mais uma vez, uma escolha tua.
Eu estou aqui! Feliz, aproveitando e vivendo (isto) em pleno.
Queres aproveitar, queres conhecer, queres fazer parte? S'éveiller!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

23 Agosto 2010

Onde estás tu, Carneiro?
Que eu não sou mais (do) que um Clarão na tua vida,
Onde te encontras sozinho, com o teu Espinho,
Calmos... Tranquilos.
Não sou mais (do) que um Clarão
Em que tu abusas e te libertas
E me usas, sem piedade,
Onde te vem à flor da pele
Toda a raiva, toda a maldade...
E onde estás tu, agora, Carneirinho?
Agora que o Clarão se apagou,
Saíste sem fechar a porta
Deixando o Espinho para trás.
E perdido, sem Cercas ou Pastores,
(E sem Espinhos e sem Clarões)
Nem vais ter mão naquilo que destróis.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Passos...

Sendo - cada passo que dou - nesse sentido, porque é que não sinto que me aproximo, cada vez mais, de vocês?
Porque é que quanto mais ando mais me afasto de todos os Mundos que conheço?
Porque é que quanto mais ando mais desejo desbravar todos os Mundos que não conheço?
E porquê esta insatisfação? Porque é que não consigo encaixar aquilo que quero?
E porquê todas as interrogações? Porque é que não consigo responder àquilo que quero?
Porque é que quanto mais duvido, mais avanço e quanto mais avanço, mais duvido?
Porque é que, mesmo quando penso que encontrei, dou por mim a procurar em todos os lados (menos no que esperam que procure)?
E porque é que a cada instante que julgo que "isto também servirá", sou derrotada sem poder dar luta?
E porque é que nada funciona como eu espero que funcione?
Porque é que eu não tenho coragem? Porque é que tu ainda tens menos coragem do que eu?
Porque é que procuro se, quando perco o que penso que encontrei, fico destruída?
Porquê esta sede? Porque é que me julgo; que me acho insaciável?
E porque é que não me matas a sede, quando te tenho, se quase me matas à sede quando não te tenho?

Porquê toda a insatisfação?
Porquê toda a procura?
Porquê todo o desejo?
Porquê toda a sedução?
E porquê toda (esta) necessidade?

Para quê?

sábado, 7 de agosto de 2010

7 de Agosto de 1010

Foi numa calota
que encontrei
um (só meu) grão de areia.
E tenho sorte
porque na calota
só havia gelo
e este (só meu) grão de areia.
E agora é meu (só meu)
e ensina-me a ser
grão de areia.
E não há grão de areia
mais especial
porque no meio de mil
eu quis (só) este grão de areia.



Muitos Parabéns, M.

sábado, 31 de julho de 2010

E com os olhos a brilhar...

...escrevo-te:

Que me lembro da tua roupa; Do teu cabelo - mas não do teu nome ou da tua música.
Que me lembro de te perseguir; De quase não te olhar; De te sentir atrás de mim.
Que me lembro daquele Sábado; Daquelas sardinhas; Daquele mau estar; De te encontrar; De te implorar.
Que me lembro daquele Domingo; De esperar que acordasses; De rebolar na cama enquanto conversava contigo; De me expor; De te ler.
Que me lembro daquela Segunda; De lhe falar de ti; De te esperar nas escadas; De te ver; De conversarmos.
Que me lembro dessa mesma Tarde; De irmos para o Jardim; De me presenteares com a tua simpatia, com o teu cavalheirismo, com a tua educação, com o teu sorriso.
Que me lembro dessa mesma Tarde; Dos paus; Dos presentes; Do início do contacto; De perder o barco.
Que me lembro de que em Todos os entretantos me fazias sentir coisas na barriga.
Que me lembro daquele Dia; De te ver junto ao muro do metro; De ficar feliz; De tocares para mim no jardim; De te olhar para o decote; De estragarmos o microondas; Da sala de convívio; De mais contacto físico.
Que me lembro da despedida desse mesmo Dia; Não me beijaste e eu queria.
Que me lembro daquele Dia; Da Praça do Comércio; Do meu mau inglês; Do teu riso e sorriso; Dos olhares das pessoas; Do meu descontrolo; Da minha euforia;
Dos senhores nos estranharem no metro; Da tua mão na minha mão; Do meu medo (que trouxe o teu medo); Do nosso beijo.
Que me lembro do 1º Beijo; No meio de tudo e do nada; Senti o tudo e senti o nada; No meio de tantos... Não vi ninguém, não ouvi nada.
Que me lembro do 1º Beijo; De cada movimento dos nossos lábios...
Que me lembro do pós 1º Beijo; De sorrir para toda a gente, sem ver ninguém; Do meu olhar vidrado; Do meu descodificar de sabores... Estive horas infinitas a tentar distinguir o teu sabor do meu... A tentar saborear-te mais um pouco.
Que me lembro da Felicidade; De todas as boas coisas que sentia; Que dizia; Que pensava.
Que me lembro daquele Dia; Do jardim; Da tua mãe.
Que me lembro daquele Dia; Da Praça do Comércio; Dos Armazéns; Da tua escola; Da sala de convívio; Da descoberta; Do êxtase; Da senhora da limpeza.
Que me lembro do teu Cheiro - e como cheiras bem...; Que te encontro em cada pessoa; Em cada lugar;
Que te procuro e que te quero.
Que me lembro de Ti; Que me deste a conhecer a Paixão; A confiança; O entregar.
Que me lembro de Ti; Do quanto gosto de ti;
Que me lembro de Ti; Que te adoro - como aos Deuses, parabéns!(!!!)


Que buraco no estômago; Que buraco...

domingo, 25 de julho de 2010

"Muito menos, menina..."

É uma realidade que o nosso discurso vai mudando à medida que vamos desbravando o Mundo... É uma realdade.
É uma realidade que eu não aceitava e com a qual (agora) me deparo, cruamente; duramente, e da qual não consigo - nem quero - escapar. Comodismo... Tornei-me comodista?
Sou comodista? Como tu... E tu... E tu..(?) E tu, sim. Um tu que não me arrepiava mas, antes, me arreliava - por não compreender... Por não aceitar. E agora é isso que sou? Não pode ser!
Mas aceito. Aceito-me. É mais fácil; Tão mais fácil...
É mais fácil: Não por saber bem mas, sim, por não saber mal.
Eu estou mais fácil.
E percebo agora que o meu discurso não está a mudar... Não porque deixei de desbravar mas porque encalhei em ti, que me dás tema de conversa; que me mudas; que me moldas... Ou não.
Encalhei em ti, que me dás tema de conversa; porque eu sinto; porque descobri outro eu... Outros eus.
Mas ninguém me perguntou se era isto que eu queria; Tu não me perguntaste se é isto que eu quero. Mas eu respondo-te: Não!
Quero viver e desbravar, sem encalhar. Bastam-me as outras que me olham e me prendem, sem me verem.
Bastam-me as que eu vejo, a meu jeito; como as quero.
Bastam-me. Porque tu és real - e, contigo, não sei lidar - e estás presente e destróis com a vivência... (elas destroem por não viverem)
E tu... Vivendo - mas antes de viveres - destruíste e, a teu bel-prazer, inverteste os papeis quando eu ainda não estava pronta... E agora?
Agora estás como os outros... Como todos os outros. A diferença; A gigantesca diferença é que, contigo, eu importo-me.
Apaixona-me.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

1000

Vocês são mil... São mil os pensamentos; São mil as teorias; São mil as pessoas; São mil razões que não me deixam dormir.
És o medo e (és) o não medo; És o querer e (és) o não querer; És a fraqueza e (és) a coragem.
Dás-me o medo e (dás-me) o não medo; Dás-me o querer e (dás-me) o não querer; Dás-me a fraqueza e (dás-me) a coragem.

Quero-te. Quero-te e espero-te.

És a mudança e dás-me a mudança.

És cheiro e és paisagem. És vontade e és miragem.


És pensamento (constante); És fantasia. És o que representas e representas - muitíssimo bem - o que és. O que me és... A mim. Quem diria?


Oiço-te; Cheiro-te; Bebo-te; Penso-te.
Quero-te.
Quero-te tanto.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

That's it!

Beijei-te a medo porque em segredo
(é que isto não é aceite).
E se esse medo não virasse coragem,
Não se tornaria miragem
E (eu) não sentiria isto, no peito.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Não sei nadar....

E se vou para muito longe posso afogar-me (...) - Não é tão bom quando nos oferecem a metáfora perfeita?

Portanto, tu és o meu caminho à direita; o meu caminho colorido. Já decidi.
Portanto... Ou és uma prancha e me fazes passar a rebentação ou fico aqui, nas piscinas, a brincar com os outros meninos, a vê-los passar a rebentação e a conhecer novos meninos...
Portanto... A Tia.
A de lado algum;
A de ninguém.

Olha que gosto muito de piscinas... Porque é a minha zona de conforto.
Espero bem que saibas flutuar.

sábado, 26 de junho de 2010

Investe e Investiga

Aquele frio que te invade o estômago mas que faz o teu sangue ferver - e assim com que o sintas a percorrer-te os braços - sabes?
O coração a acelerar e os teus olhos a perseguir, sabes?

O mar está sempre cá... Eu é que não espero que a maré suba.
O mar está sempre cá... Eu é que nem sequer chego - e passo - à zona de rebentação.

sábado, 19 de junho de 2010

02.05.10

E no regaço vou chilrando a procura,
a sede que não te consigo esconder ter...
E sou pássaro, sou ser pensante, sou loucura,
que sem censura te desvenda a aventura
que teve, tem ou pretende vir a ter.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Bastas-me

Bastas-me porque me delicias o olhar; Porque me alimentas com (a tua) presença...
Se te sei perto, estás presente.

Mas quem és tu e o que me fazes?
Quem és tu e como o fazes?

Mas de sim passaste a não... Próximo passo é (o) esquecimento. E mesmo que queiras - eu sei que não queres - eu já não (te) quero.
E é um tira-teimas... Porque aquilo que significas é eterno. Cada vez mais pela negativa... Mas é eterno.
Tenho saudades do Passado mas sinto mais falta do Futuro.

domingo, 13 de junho de 2010

Deixai-me.

Já não sinto, na minha boca, o sabor da tua boca.
E... Sabes que mais? Já não preciso...
Já não preciso do rasto que a tua saliva deixa na minha pele.
E... Sabes que mais? Já percebi...
Já percebi porque não preciso:
Não preciso porque (ainda) não és tu quem me cala com um beijo;
Não preciso porque (ainda) não é o teu cheiro que me faz adormecer, melhor, à noite;
Não preciso porque não é o (facto de) não estares aqui que(m) me apresenta à insónia;
Não preciso porque não é o teu toque - ou a tua respiração - que faz os meus poros gritarem/tremerem/gemerem...

Nem a eles, nem a mim.


E assim ficamos; E assim te deixo.
Deixo-te com a certeza de que não és nada do que procuro.
Contigo ganhei a incerteza daquilo que procuro; Contigo percebi que estou cada vez mais afastada daquilo que tu és (daquilo que vocês são e representam).
Nem convosco, nem sem vocês. Haja coragem que o caminho é já à direita... E é bem colorido.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Sim...

Mas ainda não me respondeste... Alguém fica com aquilo que eu perco? É que não acho grande piada a isso...(!!!) O que é meu, eu quero que permaneça só meu; para sempre meu - a menos que seja eu a dar.
E não te dou a ninguém; E não vos dou a ninguém.
Não dou todos aqueles anos a ninguém; Não dou todos aqueles momentos a ninguém.
Há momentos que nem partilho, ficam só meus. E eu gosto. Adoro ter coisas só minhas... São essas coisas que distinguem a minha vida da tua. E só assim faz sentido. E (até) é o secretismo que me dá piada, certo?
Pelo menos eu adoro o meu secretismo. Ou melhor, adoro que o meu secretismo mexa com as outras pessoas... Convosco.
Se calhar é por isso que me agarro (tanto) a ele; a esta minha característica. Ahhh... Se calhar... Pois. Se calhar sem ele perco a piada - e foi isto que eu disse lá em cima, mas agora estou a senti-lo de outra maneira.
Estou-me a conhecer, fantástico.
Acho que tenho medo que as pessoas se deixem de interessar se eu for transparente - eu não acredito que escrevi isto e que vou deixar isto aqui escrito. Nádia, esta evolução é para ti.
Ou seja, estou, neste preciso momento a caminhar para a destruição; A evolução é destruição.
A evolução é negativa?

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"Estar só/É olhar completamente." MMF

Revelou-se extraordinária (um extraordinário positivo) pela simplicidade que faz de si mais complexa que meio Mundo. "Perdi" muito tempo a tentar compreende-la e, ainda hoje, não sei se as conclusões a que cheguei são certas ou erradas. Aliás, não compreendo as minhas conclusões pela ambiguidade
(adianto, desde já, que são muito boas conclusões).
Ensinaram-me, há umas semanas, que somos um bocadinho de tudo aquilo que mostramos (Obrigada!). Ou seja, aquilo que pensava serem (todas) as minhas máscaras é, efectivamente, aquilo que eu sou: Tudo aquilo que eu sou.
Se assim o é; Se isto está mesmo correcto - e, pelo menos para si, sei que sim porque mo confirmou no outro dia - revelou-se: Ou muito versátil, ou muito confusa. Ou ambas (e aposto nesta. Por ser a mais simples; Por ser a mais complicada; Por ser a mais interessante)!!!
Quem é?
Tem a certeza de que me sabe responder a isto?
Admito que é sábia; Admito que tenha algumas noções (básicas) de si... E, na minha cabeça, tenho a sensação de que "vende" que se conhece perfeitamente e que é tudo muito simples.
Pergunto-lhe: Será mesmo??
Com quinze anos foi Poetisa... Agora:

Quem é (afinal)?



quarta-feira, 2 de junho de 2010

(re)conhecimento

Agora a Introspecção ficou de parte e debato-me com uma reflexão - meio profunda, meio superficial - daquilo que me rodeia.
O triste é que não chego a conclusões que me permitam evoluir, pelo contrário, reconheço que perco - facilmente - o controlo de situações que me são familiares... Situações em que o erro não é minimamente desculpável. As minhas conclusões não passam disto... São as minhas conclusões, sempre as mesmas conclusões e não chega, a esta receptora, nada de novo... Nada brilhante... Nada com que possa trabalhar. Mas não pode continuar o "deixa andar". O tempo está a terminar... Não pára: O tempo não pára!
Ainda me lembro de andar doida para fazer 10 anos; De andar doida para fazer 15 anos (porque faltaria apenas 1 para os grandiosos 16)... Agora ando doida, sim, para encontrar a máquina do tempo e criar a fórmula da imortalidade.
Seria tão fantástico... Viveria aí até aos 65 anos. Como saberia que poderia, a qualquer momento, voltar atrás, viveria de modo muuuuito diferente. Pronto, chegaria aos 65 (num todo, com a sabedoria inclusivamente) voltaria para os 5 anos, de idade, e viveria tudo outra vez. E mesmo com toda a sabedoria, poderia errar... Sentir-me-ia com toda a liberdade (e tranquilidade) para errar. Porque poderia voltar atrás... Poderia sempre voltar atrás e fazer sempre de maneira diferente, até acertar. E quando acertasse todas; Quando chegasse aos 65 sentindo que tinha feito tudo bem e que estava pronta para viver e fazer viver; viver e ensinar a viver - mesmo que isso só acontecesse à 56º vez que fizesse 65 anos - bem... Voltaria para os meus 5 anos e viveria normalmente... Sem medos, porque já conheceria o que ali vinha e já me sentiria capaz e "apta para".

Afinal, dispenso a descoberta da imortalidade... Prefiro a máquina do tempo. Acabei de descobrir que tenho medo de fazer, errar e não ter maneira de emendar. Até agora, pensava que tinha medo de perder a oportunidade de fazer... Mas tenho mesmo medo é do erro irremediável.

A minha vida é uma balança... Tem de estar sempre equilibrada - não por minha escolha - e à medida que vou ganhando umas coisas, vou perdendo outras. Outras... Das quais ainda não estou pronta para abdicar.

Será que o que eu perco alguém ganha?

sábado, 29 de maio de 2010

Havendo falta de melhor, a introspecção é (inevitavelmente) inevitável. E num desses momentos - há cerca de uma hora, mais coisa menos coisa - lembrei-me de que me passaste muitas vezes pela cabeça depois daquele confronto, que passou a conforto.
E é nestes momentos que é tranquilo exagerarmos na (ou da) nossa capacidade interpretativa.




Reflectes o que o meu corpo fez, mas escondes por onde os meus pensamentos andaram - durante o dia.
E não estiveram aí, nem estiveram em ti...

domingo, 23 de maio de 2010

Coincidências...

Ultimamente têm sido muitas... Muitas mas boas. É um bocado fantástico quando acontecem... Até porque ficamos sempre de pé atrás e pensamos: Será que nada acontece por acaso? Ou, pelo contrário, tudo acontece por acaso?
É complicado ignorarmos a primeira questão quando as coincidências vêm umas atrás das outras... Ora sobre o mesmo assunto; Ora sobre a mesma pessoa; Ora sobre ambos...
Coincidências são coincidências - diz ela - e até aí maravilha.
O chato é quando são más coincidências. O chato é quando são coincidências que de boas passaram a más - ou seja, antes eram boas e agora são más... Para quê complicar?(!!!)

E tu és isso!!! Uma, muito, má coincidência - porque já foste uma excelente coincidência - e apareces quando menos (te) espero; e roubas-me o bom humor nos momentos mais inoportunos; e mexes comigo quando mais quero estar sossegada; e não me vês quando volto a querer que tu me vejas; e deixas-me irritada porque percebo que tens influência sobre mim... Mas agora uma má influência. Porque deixas-me mesmo irritada, Mulher!!!!

Mas prefiro não acreditar em coincidências... De alguma forma se apareces - mal ou bem - é porque ainda há algo... Nada está terminado - e é neste momento que te odeio e que te adoro, como a uma Deusa... A ti, que estás nesse pedestal... Nesse pedestal que não tenho a certeza se mereces. Mas... Enquanto aí estás, é teu! É teu e tu não aproveitas; E eu não aproveito... É teu e tu sabes mas ignoras...

Os extremos tocam-se.

sábado, 8 de maio de 2010

Nada mais brilhante...

"Ah, gente pecadora, homens e mulheres que em danação teimais viver essas vossas transitórias vidas, fornicando, comendo, bebendo mais que a conta, faltando aos sacramentos e ao dízimo, que do inferno ousais falar com descaro e sem pavor, vós homens, que podendo ser apalpais o rabo às mulheres na igreja, vós mulheres, que só por derradeira vergonha não apalpais na igreja as partes aos homens, olhai o que está passando, o pálio de oito varas, e eu, patriarca, debaixo dele, com a sagrada custódia na mão, ajoelhai, ajoelhai, pecadores, agora mesmo vos devíeis capar para não fornicardes mais, agora mesmo devíeis atar os queixos para não sujardes mais a vossa alma com a comilança e a bebedice, agora mesmo devíeis virar e despejar os vossos bolsos porque no paraíso não se requerem escudos, no inferno também não, no purgatório pagam-se as dívidas com rezas, aqui sim é que eles são precisos, para o ouro doutra custódia, para sustentar a prata toda esta gente, os dois cónegos que me levantam as pontas do pluvial e levam as mitras, os dois subdiáconos que me soerguem a fímbria da falda, os caudatários que vão atrás, por isso caudatários são, este meu mano, que é conde e me transporta a cauda do pluvial, os dois escudeiros com os flabelos, os maceiros com as varas de prata, o primeiro sub diácono com o véu da mitra aurifrigiata, a tal em que não se pode tocar com as mãos, tolo foi Cristo que nunca pôs mitra na cabeça, seria filho de Deus, não duvido, mas rústico era, porque desde sempre se sabe que nenhuma religião vingará sem mitra, tiara ou chapéu de coco, pusesse-o ele e passava logo a sumosacerdote, teria sido governador em vez de Pôncio Pilatos, olha do que eu me livrei, assim é que o mundo está bem, não fosse ele como o fizeram e não me veriam patriarca, pagai portanto o devido, dai a César o que é de Deus, a Deus o que é de César, depois cá faremos as contas e distribuiremos o dinheiro, pataca a mim, a ti pataca, em verdade vos digo e hei-de dizer, E eu, vosso rei, de Portugal, Algarves e o resto, que devotamente vou segurando uma destas sobredouradas varas, vede como se esforça um soberano para guardar, no temporal e no espiritual, pátria e povo, bem podia eu ter mandado em meu lugar um criado, um duque ou um marquês a fazer as vezes, porém, eis-me em pessoa, e também em pessoa os infantes meus manos e senhores vossos, ajoelhai, ajoelhai lá, porque vai passando a custódia e eu vou passando, Cristo vai dentro dela, dentro de mim a graça de ser rei na terra, ganhará qual dos dois, o que for de carne para sentir, eu, rei e varrasco, bem sabeis como as monjas são esposas do Senhor, é uma verdade santa, pois a mim como a Senhor me recebem nas suas camas, e é por ser eu o Senhor que gozam e suspiram segurando na mão o rosário, carne mística, misturada, confundida, enquanto os santos no oratório apuram o ouvido às ardentes palavras que debaixo do sobrecéu se murmuram, sobrecéu que sobre o céu está, este é o céu e não há melhor, e o Crucificado deixa pender a cabeça para o ombro, coitado, talvez dorido dos tormentos, talvez para melhor poder ver Paula quando se despe, talvez ciumento de se ver roubado desta esposa, flor de claustro perfumada de incenso, carne gloriosa, mas enfim, depois eu saio e lá lhe fica, se emprenhou, o filho é meu, não vale a pena mandar anunciar outra vez, vêm aí atrás os cantores entoando motetes e hinos sacros, e isso me está fazendo nascer uma ideia, não há como os reis para as terem, as ideias, senão como reinariam, virem as freiras de Odivelas cantar o Bendito ao quarto de Paula quando estivermos deitados, antes, durante e depois, ámen."


José Saramago, Memorial do Convento

sábado, 1 de maio de 2010

Time After Time

Acordada pela campainha - que não parava de tocar - abri os estores e vi o céu coberto. Liguei la machine e revi, na agenda que é a minha cabeça, tudo o que tinha para fazer. Revi e cheguei à conclusão de que não tenho tempo para tudo. Nem tempo, nem saúde.
Agora, passadas (umas) poucas horas, com os auscultadores que me ditam a matéria postos, olho para o céu e vejo a fugir a última nuvem que consigo ver.
Chuva? Vento? Frio?
Enfim. O sol faz-me querer desistir. O calor faz-me querer mandar tudo à fava. Mas não posso - Ou não devo?
Agora, já sem ouvir aquilo que os auscultadores me ditam, penso se devo, ou não, escrever uma teoria sobre o Poder e o Dever (ou Não Poder e Não Dever)... Mas não posso - Ou não devo?
Não tens medo quando não tens tempo?

Já não vejo a nuvem.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

E...

Destrói... E corrói... E faz-me girar e inventar e fantasiar (e querer gritar, sem conseguir respirar). E querer macaquear e espernear e voltar a gritar...
Mas não posso. Não posso(!). Esperam-me culta e educada (ou fria e apática) e eu preciso... Eu sinto... Eu tenho de corresponder às expectativas.
Mas aqui não entram as questões de "Papel" e "Estatuto". Só as expectativas... As falsas expectativas.
Esqueçamos metade das matérias e atiremo-nos, de cabeça, ao núcleo da questão.
Para que serve todo o envolvente??? Não interessa!!! Só interessa aquilo que me interessa (e aqui não há qualquer ambiguidade)... E a ti! Contigo passa-se o mesmo. E obrigas-me, a mim, a seguir as tuas regras e a jogar pelos teus interesses??? E manipulas-me, a mim; E chantageas-me, a mim, quando sou o teu último recurso? A tua última reserva?
Habituei-te mal... A ti e ao Mundo.
E hoje quero revoltar-me; Quero romper; Quero quebrar todos estes laços viciosos e doentios que todos criámos. Quero deixar-te...Deixar-vos.
Solta-me!!!
Mas eu compreendo-te. Primeiro tenho, eu, de te soltar.
(...)
Mas não consigo. É tão forte. Olho-te e tenho-te raiva... Penso em ti e tenho-te raiva.
E vou mudando de personagem e cada um deles me faz sentir raiva... Por ti e por mim. Por vocês e por mim. Mais por mim do que por ti... Mais por mim do que por vocês.
E destrói... E corrói... E já conheço tudo isto mas...Repito e (depois) dói.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Descoberta:

(Sem tempo e com pouca privacidade) Tenho a dizer que gosto de descobrir... Aliás, é aquilo que mais gosto.
Até agora, tudo tem perdido o interesse quando é, completamente, decifrado - por mim.
Assim, as complicações continuam a atrair-me... Aliás, cada vez me atraem mais!!! Começo a perceber que adoro tudo o que mexe quando tem qualquer coisa que não faz sentido. Quando tem qualquer coisa complicada e fora do normal.
É esta uma atracção que me inquieta, fazendo-me andar e procurar. Olhar à volta, apontar e escolher. Escolho e decifro e, se bate certo: Perde o interesse; Caso contrário: Exploro (ou tento) até à exaustão... Até me deixarem... Até me cansar.

E afinal estou à procura de um modelo... Afinal não me canso. Percebo, sim, que não é aquilo que procuro e, por isso, esqueço. Parto para outra - olho, aponto e escolho.
Lindo é, quando eu não procuro e as personagens me vêm parar às mãos - ou aos olhos e cabeça e consciência... .
Mesmo assim dou conta de que a estirpe é a mesma: Algo complicado e fora do normal. E, por isso, gosto! - Dá luta!!! Tem garra!!!
E, por isso, peço que fique (e pergunto-me: É desta vez que encontro o meu modelo?).


Não gostei do pedido. Aquilo que idealizo como perfeito deve manter-se como perfeito.
Não gostei do pedido. Não quero pôr em causa aquilo que idealizo como perfeito porque é a única coisa que idealizo como perfeita.