Acordada pela campainha - que não parava de tocar - abri os estores e vi o céu coberto. Liguei la machine e revi, na agenda que é a minha cabeça, tudo o que tinha para fazer. Revi e cheguei à conclusão de que não tenho tempo para tudo. Nem tempo, nem saúde.
Agora, passadas (umas) poucas horas, com os auscultadores que me ditam a matéria postos, olho para o céu e vejo a fugir a última nuvem que consigo ver.
Chuva? Vento? Frio?
Enfim. O sol faz-me querer desistir. O calor faz-me querer mandar tudo à fava. Mas não posso - Ou não devo?
Agora, já sem ouvir aquilo que os auscultadores me ditam, penso se devo, ou não, escrever uma teoria sobre o Poder e o Dever (ou Não Poder e Não Dever)... Mas não posso - Ou não devo?
Não tens medo quando não tens tempo?
Já não vejo a nuvem.
6 comentários:
Nada vejo de diferente, mas consigo ver tudo, de tudo.
Sinto me fraco por pensar assim, sinto que tudo tem o seu fim, e o seu principio já faz parte do seu fim.
Nada, nada me faz acreditar numa outra coisa, e olho para o nada à espera de uma mudança, uma mudança.
E procuras a mudança,
E acabas por dar fim ao motivo...
Pedes e (re)pedes;
Pensas e (re)pensas;
E chocas com a frontalidade e o pragmatismo do destino.
Pedes e (re)pedes;
Pensas e (re)pensas;
E perdes o controlo...
E ficas infeliz.
E acabar por ficar feliz,
Porque percebes que não és tu...
A culpa não foi tua;
A culpa não é minha.
Então vives na tranquilidade da diferença
(mesmo não a encontrando)...
É mais fácil, não é?
O motivo sou eu;
A mudança somos nós.
É isto?
Tudo o que não encontro e já mais vou encontrar, refugio numa solidão e paredes brancas por todo o lado.
O destino é já passado e o futuro é algo que nunca será melhor.
Escondido por de trás de tudo, o nada que me encontra e me invade e me tortura e me mata lentamente.
O nada - mesmo que já tenha sido tudo - é nada mais do que: Nada!
Aceito que o Nada não mata, mas mói... Mas... Não Mata! Não, não mata. Nem lenta nem rapidamente.
O futuro há-de ser sempre melhor que o passado, nem que seja pela base que o sustenta.
Tudo o que vier novo, é bem vindo - e é bom! - sendo bom ou mau... Nem que seja por ser conhecimento, sendo bom ou mau...
Solidão? Paredes brancas?
Usa a solidão - que acredito que, se tivéssemos de lhe atribuir cor, seria preta - e cobre essas paredes...
Ou então... Não uses a solidão: Usa a novidade.
O futuro é construído por um passado e se o passado não for bom jamais o futuro o será. Paredes brancas de uma mente e solidão no seu estado físico.
O passado foi muito bom. E estou cá eu para o comprovar!!!
Não me parece que estejas preso a lado nenhum.
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