"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente."
(Fernando Pessoa)
E não é preciso dizer mais nada... Ou talvez o cite novamente:
"Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime."
(Tabacaria, Fernando Pessoa)
- Oh meu caro Poeta... O senhor tem gravíssimos problemas!!! (...) Escreve para si e mais uns quantos e sobre si e mais uns quantos mas, no fundo, é tudo para e sobre si e mais uns quantos... (Mas já tinha dito, não é?! Que chavão!!!)
Apesar do que aprendi em português - e é isso que escrevo nos testes - a conclusão que tiro do primeiro excerto que aqui escrevi é que, afinal, Pessoa escrevia porque Pessoa sentia e que Pessoa escrevia aquilo que Pessoa sentia (fui clara?).
Já está com um ar suficientemente profissional?
2 comentários:
Se vocês (Tu e Pessoa) se tivessem conhecido, diria que seriam almas gémeas.
Ela não se importa que a trate por tu, somos íntimaaaas x)
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