quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Falta Forma de Expressar Expressões

A eloquência do que sinto e penso - mais do que sinto do que do que penso - transforma meticulosamente aquilo que quero ser naquilo que sou. Porque, até hoje, eu fui aquilo que quis ser... E, hoje, (por ti e contigo) eu sou aquilo que sou.
O transgénico destas veias vai-se perdendo à medida que as minhas batidas cardíacas te acompanham; que a minha respiração te acompanha.
E vou-te perseguindo... Vou colocando os (meus) pés no rasto que deixas para trás. E isso faz-me ficar atrás... Sempre atrás. E volto a ser sombra e idólatra. Voltam os pedestais; as admirações; as expectativas; as protecções. Coloco os (meus) pés, com toda a cautela, no território geograficamente, por ti, seleccionado - quero acreditar que propositadamente mo deixas.
E é inigualável esta minha forma de subsistir; esta minha existência fraca e volúvel... Passiva e consequentemente passível. É, igualmente, incomparável o frenético divagar do que a Alma não prende que, incontrolável; veloz te fita - a ti e a mim - e te mata e te beija e te ama.

Mas volta a não ser suficiente e eu volto a desejar deixar de te desejar... Mandar-te embora sem o fazer efectivamente.
E tudo o que se mostra, tal montra; tal catálogo, a meus ingénuos olhos é falso e irreal e tudo o resto eles não vêm... Talvez não seja por não se (lhes) mostrar mas, antes, pela incapacidade de ver algo diferente.
E toda a confusão gera caos e a incapacidade de (boa e verdadeira) interpretação faz latejar cada veia deste corpo meio torto, meio morto.
E é agora que te deixo.

Mas a tua coragem não permite o corte; a quebra na ligação... E a comunicação continua... Continua e faz-se evidente e forte e a persistência arranca as fracas ervas daninhas que de tudo fariam para te afastar e para te machucar e para te matar e para te...e para te... E, mas, não. Não acontece nada, porque esse fraco corpo carrega um áspero espírito que, domado, me doma de amor, com amor. E eu amo-te. Continuo a amar-te em cada olhar; em cada inspiração.
E é altamente absurdo negar a existência do espiritual na nossa união. E é aterrorizador fantasiar um matrimónio que se revela (já) concretizado.
E depois existem os falhanços premeditados... Quase que planeados... Que assustador.

E no sentido em que a persistência das tuas mãos as encaminham directamente ao êxtase do pódio, vou-me adaptando e adquirindo as características que me permitem combater-te. A ti e a essa libido que me acende e me deixa quente e que pretende corromper a (minha) alma e profanar o (meu) corpo... De frente e/ou de costas (...) e deixou de ser o corpo... Deixou de ser pelo corpo. É isto: É estar intelectualmente ligada a ti; é estar emocionalmente colada em ti. É o não conseguir prescindir dos teus olhares e das tuas respirações (quentes) no meu rosto; no meu pescoço... E volta a ser corpo. O (teu) toque certo; certeiro que, à primeira, invade e viola o frasco das vontades, não respeitando avisos e promessas de revelia e revolta; rebeldia premeditada...planeada ao pormenor.

E depois tenho esta dor... Aparece-me esta dor que me consome atenção!!! Consome-me atenção e paciência e amor. Consome-me o Amor. Esta dor consumista - que alterna entre a direita e a esquerda - e fatal, consome-me juízo e vontade e é granada e mata! Palavra que mata. Mas não me mata a mim... Mata tudo o que me consome. Contudo, se continuar a consumir(-me) eu acabo por morrer. Morte lenta. Morte dura. Morte poética.
Não te acanhes, não precisas!!! Há sempre Letra à letra para a Letra. Que entrem, bem aparecidas! Abro-vos a porta com o prazer de quem reporta a reportagem errada, propositadamente - é evidente. Letras como as vossas são engolidas pelo ego da minha insolência. E é apenas essa que vos responde, sem vos considerar dignos de Letras menos à letra do que aquelas com que vos presenteia. Ide correndo adoçar a(s) beiça(s) desses vossos democratas que se deliciam com a vossa continuada (subtil) tentativa de pódio, mulher... Ide. Mas não esqueçais: Nesse vosso país, onde todos são democratas, não há povo. Quem manda?


(...) Continua


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