sábado, 30 de julho de 2011

Não aceito que me digas que se dizem muitas coisas quando há rancor... Não aceito! Há coisas que eu nunca diria, mesmo zangada; mesmo furiosa. Há tantas vivências (boas), tanta partilha... Não aceito! Não consigo aceitar! Não acredito, não consigo mesmo acreditar. As pessoas não são más; as pessoas não são ingratas. Não aquelas que eu escolho... Não podem ser! Eu escolho bem. Eu sei que o faço...
Destrói-me pensar que isso é, também, uma hipótese. Destruíste um bocadinho de mim quando me confrontaste... Destruíste mesmo. Continuo a ser o mesmo para todos? Continuam todos a ser o mesmo? É impossível! Eu sou boa nisto, eu sei que sou. Eu sei que nisto não falho... Eu tenho a certeza! É impossível. É simplesmente impossível. Eu não quero crer. Eu sei que nos construo bem... Eu sei que o faço. Não me podes confrontar com hipotéticas certezas - só por si é ambíguo.
O Povo tem memória curta!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

(I)

Ilumina-me. Traz-me à ideia o caminho para o bem-estar; para o bem-ser. Mostra-me o que é o bem-estar; o bem-ser. Ilumina-me e não me permitas cair em tentações e desilusões que nada acrescentam àquilo a que tenho de dar continuidade; àquilo a que chamo vida. Ilumina-me... Faz com que acabem as perdições e as permissões. Ilumina-me. Não me deixes. Ilumina-me. Desprega-me de toda a depressão e de todo o abismo. Desprega-me desta vontade de fugir e de desistir. Ilumina-me. Não me deixes virar costas e partir. Ilumina-me. Se existes, ilumina-me.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Memorando

Esta intolerância que me rasga a pele; que nos rasga a pele; que nos rasga todos e a todos e que nos faz desejar cada incoerência divinamente dividida entre ti e mim; entre o teu corpo e o meu que nunca se uniram como um só e isso me faz desejar(-te) e rastejar(-te) e tal metamorfose penetra harmoniosamente na música que fazes soar a meus ouvidos que te ouvindo se arrepiam; se comprimem e o meu corpo comprime-se e deseja snifar esse cheiro que emites e permites que penetre no meu corpo; na minha roupa e que não me deixa adormecer sem que estejas na minha cabeça; sem que te veja, a ti, incredulamente vestida e fora das minhas mãos... Inacreditavelmente vestida e longe da minha cama... Esta esquizofrenia que me desenvolveste que me faz adoptar comportamentos animalescos; controlados e que a medo vou revelando sem ter noções básicas do que estes, recentemente santificados, pagãos pensam do que eu penso da tua carne. E não és carne; não és corpo mas tornas-me idólatra e ergo-te bem alto, tão alto quanto meus braços possam; tão alto quando o meu inconsciente engane o meu intelecto que intelectualizando tenta aniquilar-te e levar-te para a cama e comer-te deitada e em pé ou de lado e que te snifa e que usa e abusa do que o teu corpo lhe possa fornecer. Mas o meu inconsciente ama-te e esta batalha mental não destrói só constrói pela tua resistência e persistência; por essa beleza que anda de mão dada com inteligência que me engana e me leva para a cama e me come deitada e em pé ou de lado e de olhos fechados continuas a comer-me sem me tocar; sem te tocar... É o meu consciente mas fazes o meu inconsciente ganhar e há quereres e há planos e há fantasias e castelos e dragões e corações e faz rir. Dou gargalhadas ridículas pela minha ridícula performance a teu lado; à tua frente, deitada e em pé ou de lado. E sou possessiva e prepotente; delinquente em escala sem proporções humanamente alcançáveis. Tais pedras preciosas subentendidas em teu nome básico; ordinário; transparente por culpa dessa tua resistência e persistência. E o ódio? o horror? a raiva? És tudo isso, deitada e em pé ou de lado. Sou selvagem e sou amor e sou imagem e semelhança de todos os memorandos guardados carinhosa e caridosamente em tecnologias criadas por batalhões; verdadeiros exércitos de pobreza e infelicidade. Quem diria a ironia da nossa felicidade... É marcada por gentes distantes parentes de outras centenas de infelizes infortunados, cheios de desdita...
Esses também têm raiva, mas uma diferente.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Luto.

Reparei que até tiveste uma duração (de tempo) considerável... Mas já foste. Acabaste por decidir virar a página como tod@s @s outr@s. Por mim maravilha!!! Espero, sim, que não decidas brevemente que ainda não leste a página toda - a que viraste - e que não tentes volta-la novamente. Não vou aceitar isso - e não vou saber dizer que não aceito.
Mas atrás de bruscas perdas vêm bruscas conquistas e, mais que felizmente, eu não fui excepção mas, sim, regra!
Elas vêm realmente de onde menos se espera e isso veste-lhes a piada toda. É curioso o gozo que me dá quando aparece alguém que contraria algumas das minhas maiores teorias arrebatando-me completamente... Quem diria que eu voltaria a ser parva como todos os outros?! Eu não! Eu nem desejava isso... Tampouco me pus a jeito, palavra. De qualquer das formas aconteceu... Aconteceu, está a acontecer e eu estou cá e estou viva e a viver o mais intensamente possível. Estou a vive-l@ da maneira mais pura que consigo. Estou a entregar o mais puro e o mais genuíno que em mim encontro... Estou a aprender... Continuo (sempre) a aprender.

Não tenhas medo. Eu tenho mais medo que tu.

Bem haja!


Não tenhas medo.
O meu é maior; o meu é feliz.
O meu medo é forte
Mas mais forte é o Porquê
Deste medo que é sorte; que é Norte.
Este Porquê quem não (o) vê?
És o Porquê que é sorte; que é Norte…
Que se vê e que é forte.
Não tenhas medo…
És o Porquê que me prende;
Que me faz querer ficar…
E, do medo, nada depende…
Este (meu) adorar, de aprendiz,
Que o condicional só entende
Com o que o teu sorriso me diz.

6 Julho 2011, 22:16h