terça-feira, 30 de novembro de 2010

E, pausadamente...

Simples… Bastante simples.

Porque é que temos de sacrificar a nossa maneira de sentir para fazermos satisfeita a sociedade?

Quando são desacreditadas – e, consequentemente, abandonadas – crenças, ideologias, pensamentos, entre outros mil (…) não é apenas exercício cerebral deitado para o lixo… Com eles vão maneiras de sentir e de sentir o que sentimos (sentimentos).

Estou um bocado farta. Estou farta de não corresponder a um padrão – que alguém escolheu – e, por isso, ser julgada e acusada de mil injúrias injustas e injustificadas – se não compreendo a tua teoria não posso, à partida e sem perder 10 minutos com ela, considerá-la errada.

Não são os sentimentos e não é a maneira de sentir super e absolutamente subjectiva? Então, por alma de que cão, é que todos esperam – e exigem – que os meus sentimentos reagam às circunstância da mesma maneira que os seus? Não… A sério?!!! Até o paladar aceitam que seja subjectivo!!! Porque é que tentam padronizar os sentimentos? Nada mais metafísico e filosófico e pessoal e invisível e (in)quantificável… Não compreendo. Assim como não compreendo a raiva e confusão que isto provoca em mim… SO WHAT? Posso não saber dar nomes às “coisas”?; Posso não saber lidar com o que sinto?; Posso (…)?; Simplesmente, posso qualquer coisa? Deixam-me qualquer coisa? Posso dar um passo sem ter meia sociedade a olhar para mim, apostando em como vou para a esquerda ou para a direita… Sem ter quarto de sociedade a apontar-me o dedo avisando: “Olha que se vais para a esquerda nós….” e outro quarto dizendo: “Olha que se vais para a direita a gente…” (…)

Não! A sério… Menos! Parem todos. Fiquem aí onde estão. Olhos, para que vos quero?! Boca, para que te tenho?! Cérebro, passarás de uma ilusão?! É que vocês fazem-me duvidar disto tudo… Será que é real? Sou mesmo física? Existo mesmo? Não serei eu um conjunto de ideias que, por não haver cérebro, estão confusas e perdidas? É que vocês fazem-me duvidar… Vocês nem sentir – ou lidar, À MINHA MANEIRA, com o que sinto – me deixam…

Pausa! Pausa para todos. Deixai-me viver, ámen!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

5 Novembro 2010

Não sejas verme.
Investe na minha pele; na tua pele.
Não sejas verme...
Gosta-nos aos dois; como sois.
Não sejas verme...
Encaixa-te em alguém! Não convém
Que sejas verme...
Descodifica o Mundo; não sejas mudo,
Grita: Não sou verme!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

26 - 10 - 2010


Desejo que a tua pele seja a minha pele
- Com todas as definições implicadas -
E que as tuas convicções sejam como mel
- Pela minha boca descodificadas.
Desejo que os teus cheiros sejam os meus cheiros
- Que me penetrem; que me persigam -
E que os teus desejos cresçam em canteiros
- Como flores que, por mim, instigam.
Desejo que a tua voz seja direcção
- Que guia com sapiência -
E que a minha vontade seja a comunhão
- Da emoção e da inteligência.
Desejo, com toda a força, que sejas eterna
- Na minha cabeça e na minha vida -
E que esta vontade não seja hodierna
- Que não nos tornemos gente abstida.



Odeio este final!