segunda-feira, 26 de março de 2018

Falta-lhe o ar...

Como se sente perdida, encontrada pelo leito que quer... Mas não lhe dá sua vida, ela inconformada lhe grita: Vai-te embora, mulher! Não se lhe engole os caminhos - a seus olhos tão distantes... Roga pragas às prioridades, irritam-lhe até as vaidades e nunca voltam os tempos d'antes. Dói o estômago, o pulmão - todo o corpo levou uma coça... Baixa a cabeça, replica; Pensa e continua perdida... Na alma, mais uma mossa. E cobarde, sem emoção: Os lentos passos não mudam a rota... Prisioneira da esperança, no vendaval e na bonança... A motivação hiberna-lhe a vontade morta.
Continua, cabisbaixa, sorriso no rosto, a mulher... Sente-se grata pela sina, recalca a dor que a domina; Ela toca-lhe e ela diz-lhe que quer.