quarta-feira, 24 de outubro de 2012

24 Outubro 2012

Já nem aqui tenho Liberdade. Até aqui perdi o livre-arbítrio. Qualquer pensamento será violado por quem se diz violado pelo meu impulsivo inútil. Todos na minha terra, sem excepção. Todos os que perderam a guerra contra o meu coração. E eu vou-me afundando na podridão. Na escuridão eterna dos que se acham que são, entrando na caverna do medíocre ancião. Habitando por inteiro na companhia do Passado. Mãos dadas sem critério, lado a lado.


E andamos em círculos, bajulando a redundância daquilo que deixou de ser. Farta de ficar farta de me fartar destes factos físicos; frenéticos; (...) frustrada. Estou frustrada. Estou encarcerada numa interpessoal que perdeu o sentido; o Norte e que me deixa sem reacção; meio morta, na cama, interpolando o sobreviver com o entusiasmo de sobreviver. E eu já sei que a depressão é o enjoo da alma. Mas não (d)a minha. 


(...) Continua

domingo, 23 de setembro de 2012

Voando...

E de todas as cobras,
Serpentes invejáveis(...),
As mais odiosas, 

São as mais desejáveis. 
Mas, se num Mundo sem cobras,
Ordinarices abocanháveis
Menos certa é a morte
De vidas (in)findáveis. 

Abençoada seja a iluminação, guia sábia da certeza,
Que não deixará em vão, a vil discussão acesa!
Mostrar-me-á, então, com altruísmo e grandeza,

A força de um Quintão, fenómeno da Natureza.

E sem pressa e firmeza, de quem não quer atenção
De quem lhe meta na mesa um pedaço de pão,
Há-de descobrir sobremesa, sem que lhe digam que não
Dispensando tristeza pelos que aqui ficarão.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Quebra-me

E há um misto de dor e ardor... Ou será a dor ardente? A novidade esmiúça o racional, a alma desliza no labirinto e não acha saída e já não acha a entrada. Contudo, sabendo que voa, continua.


Mas, abrindo buracos nos pobres arbustos, ela sabe que sairá.


Ficam é buracos.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Imagination

(...) E é difícil. Tão difícil... Eu olho para o alheio, palavra que olho. Olho mas não vejo, no verdadeiro sentido da palavra. E as fantasias tentam... Elas tentam... E são esmagadas pelo real... Coxo... Mas real. 


(...) E é ridículo. Tão ridículo... Eu digo as mesmas coisa, palavra que digo. Digo mas nem me apercebo, no verdadeiro sentido da palavra. E o racional tenta... Ele tenta... E é esmagado pelo real... Coxo... Mas real.

(...)

domingo, 15 de abril de 2012

Litro e meio

Não é preciso muito... Não, na verdade, não é preciso nada para eu virar costas - e que bem que sabe.
Faço-o. Simplesmente, faço-o. De tanto em tanto tempo, qualquer coisa (cá dentro) se deve aperceber que chega e lá vou eu.
É isto. Deixou de ser grave.
Antes de sociais somos individuais, por muito que queiramos acreditar no altruísmo desmedido... Por muito que, esse, nos faça falta. E... A verdade é apenas esta: Antes de pensar (sequer) em aprender a viver contigo, eu já sabia viver sem ti. Até porque sempre vivi sem ti. 


(...)

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Postigo

Na realidade, a gravidade de todas as situações localiza-se no facto de perdermos o sono. A persistência acaba sempre, de uma maneira ou de outra, por nos ferir indirectamente.
Quando eu viro costas, cheia das minhas razões e argumentos, faço-o com a certeza de que vou sair por cima. Mas estou errada... Sempre errada.
A persistência, em parceria com algumas características mais encantadoras, deita por terra todo o trabalho de uma vida; toda uma construção de personalidade que não permita infiltrações e violações. Quando a persistência se intromete, assim, com a sensualidade do que não se insinua, torna-se difícil mantermo-nos fiéis às raízes que nos suportam e falhamos e caímos.
Mas nada é assim tão permanente; nada é assim tão constante; nada é assim tão aliciante; nada é assim tão forte. Começa mesmo a ser(-me) fácil virar costas, não dar importância à ausência e menosprezar atitudes.
As escolhas são para quem as faz e... Sempre que escolheres o Silêncio... É com esse mesmo que terás de lidar.


Ah... E esqueci-me de concluir: Não é grave. Cada vez menos é grave.